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Atlântico (Senegal, 2019) – A Poesia e a Dor na Diáspora Africana

Resumo de “Atlântico”

“Atlântico” é um drama fantástico que explora temas de amor, migração e desigualdade social. O filme segue Ada, uma jovem que se apaixona por Souleiman, um operário que parte em busca de melhores condições de vida no exterior.

Quando Souleiman desaparece no mar, eventos misteriosos começam a ocorrer na vida da comunidade, sugerindo uma conexão sobrenatural entre os personagens. Dirigido por Mati Diop, “Atlântico” foi elogiado por sua abordagem poética e socialmente engajada, oferecendo uma perspectiva única sobre a diáspora africana e as complexidades do amor e da perda.


Análise de “Atlântico”

“Atlântico” é um filme senegalês lançado em 2019, dirigido por Mati Diop. Esta obra cinematográfica é marcante por ser a primeira produção dirigida por uma mulher negra a ser exibida na competição principal do Festival de Cannes. “Atlântico” mergulha nas complexidades sociais e espirituais, explorando temas como migração, desigualdade e mitologia.

A história se passa em Dakar, Senegal, e inicia-se com a narrativa de um grupo de jovens trabalhadores que embarcam em uma perigosa jornada marítima em busca de oportunidades econômicas na Europa. O filme, no entanto, transcende os aspectos realistas da migração e introduz elementos sobrenaturais, conectando a experiência humana à mitologia local.

A protagonista, Ada (interpretada por Mama Sane), é noiva de Souleiman (interpretado por Ibrahima Traoré), um dos jovens que parte em busca de uma vida melhor. O filme aborda a experiência das mulheres deixadas para trás, explorando as implicações sociais e emocionais da migração em uma comunidade senegalesa.

Produção

Mati Diop utiliza a cinematografia de maneira poética, capturando as paisagens costeiras e urbanas de Dakar, ao mesmo tempo em que incorpora elementos místicos e simbólicos. A trilha sonora envolvente contribui para criar uma atmosfera única que reflete tanto a realidade quanto os elementos mitológicos presentes na narrativa.

“Atlântico” também aborda questões sociais, como a exploração dos trabalhadores e a desigualdade econômica, enquanto destaca a interseção entre a migração contemporânea e as tradições espirituais africanas.

O filme foi recebido com aclamação internacional, conquistando o Grande Prêmio do Júri no Festival de Cannes e sendo selecionado como representante do Senegal na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2020. “Atlântico” é um testemunho do talento de Mati Diop e sua habilidade em criar uma narrativa envolvente e rica que transcende as fronteiras culturais e geográficas.

Em resumo, “Atlântico” é uma obra cinematográfica senegalesa que destaca a experiência da migração com uma abordagem única, integrando elementos mitológicos e sociais para oferecer uma reflexão profunda sobre a condição humana e as complexidades da busca por uma vida melhor.

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