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Rose Dawson de TITANIC (1997) realmente existiu?

A personagem Rose Dawson, de Titanic, realmente existiu? Descubra quem foi esta incrível sobrevivente do naufrágio mais famoso da história.

Titanic – 1997

Quando Titanic foi lançado em 1997 foi um grande sucesso, mas não apenas por causa dos efeitos especiais fantásticos. O ponto alto do filme era de fato os seus personagens. É difícil imaginar alguém que não tenha se emocionado com a situação impossível de Jack Dawson (Leonardo DiCaprio) e de Rose DeWitt Bukater (Kate Winslet). Vinte e poucos anos se passaram, e estes personagens ainda parecem tão vivos para todos, quase como se tivessem mesmo existido. E o mais incrível é que existiram, ou pelo menos a Rose foi baseada em uma pessoa real. E o seu nome era Beatrice Wood.

Quem foi a Rose Dawson da vida real?

Assim como Rose Dawson, a protagonista do filme Titanic, Beatrice Wood ousou desafiar as expectativas de sua rica família para trilhar uma carreira artística. No enredo do filme dirigido por James Cameron, Rose experimenta uma sensação de liberdade ao seguir seu coração e buscar a vida de uma artista que viaja pelo mundo. Este desejo, contudo, era incompatível com as normas da alta sociedade à qual pertencia.

A personagem Rose Dawson foi inspirada em uma mulher real que realizou o sonho de se dedicar às artes: Beatrice Wood, uma renomada ceramista norte-americana. Em 1982, Wood publicou seu primeiro livro, “O Anjo que Vestia Meias Pretas”, seguido por sua autobiografia, “I Schock Myself“, lançada em 1985.

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Beatrice Wood, a mulher que inspirou James Cameron na criação da personagem do filme Rose de Titanic

A transição da vida real para as telas ocorreu quando o diretor James Cameron leu a autobiografia de Beatrice Wood. Ao identificar traços da rebeldia e força de vontade que ele queria para a personagem Rose, Cameron viu em Wood a musa perfeita para seu icônico filme. Na estreia de Titanic em 1997, Beatrice Wood já contava com 104 anos e enfrentava problemas de saúde, impedindo-a de comparecer ao evento.

Para honrar a inspiração por trás de Rose, Cameron e Gloria Stuart (que interpretou a versão mais velha de Rose) visitaram a casa de Beatrice Wood, presenteando-a com um vídeo do filme. A artista relutou em assistir, ciente da tristeza do enredo, mas reconheceu que, embora Jack morresse, Rose vivia uma vida feliz – uma vida tão notável quanto a sua própria.

A vida de Beatrice Wood antes do Titanic

Beatrice Wood nasceu em 1893, em São Francisco, Califórnia, em uma família abastada, espelhando o background fictício de Rose Dawson. Desde jovem, Wood desafiou as convenções ao optar por seguir sua paixão pela pintura, recusando-se a ceder aos planos maternos. Ela viveu uma vida de contraste com os padrões da alta sociedade, residindo em sótãos e mergulhando nas artes em Giverny, cidade natal de Monet.

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Ao longo de sua vida, Wood esteve envolvida no movimento dadaísta, co-fundando a revista “The Blind Man” em 1916 com Marcel Duchamp e Henri-Pierre Roché. Seu envolvimento com Roché a levou a um triângulo amoroso que inspirou o livro “Jules et Jim”. Após experiências tumultuadas em relacionamentos, Wood descobriu sua paixão pela cerâmica em 1933, iniciando uma nova fase artística.

Nos anos finais, Beatrice Wood continuou a criar e aprimorar sua habilidade em cerâmica, construindo uma casa em Ojai, Califórnia, e convivendo com o filósofo Jiddu Krishnamurti. Sua sabedoria oriental, ética de trabalho sólida e senso de humor dadaísta moldaram sua visão romântica da vida.

Em dezembro de 1997, a essência de Beatrice Wood foi imortalizada nas telas com o lançamento do filme Titanic, onde sua inspiração, Rose Dawson, foi interpretada por Kate Winslet. Poucos dias após a estreia, Beatrice Wood faleceu aos notáveis 105 anos de idade.

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