Descubra a trajetória épica da primeira super-equipe da Marvel, lembre os clássicos do Quarteto Fantástico, suas fases mais marcantes, os autores que fizeram história e o que esperar do novo filme da Marvel em 2025!
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Clássicos do Quarteto Fantástico – de Stan Lee/Jack Kirby a Jonathan Hickman
O Quarteto Fantástico não é uma das equipes mais conhecidas dos quadrinhos, a não ser por quem é fã do gênero. Seus personagens não são populares como o Homem-Aranha e os X-Men. Eles nem ao menos aparecem nas sátiras televisivas. Mas pra quem, como eu, é fã de quadrinhos, é impossível não vibrar com estes quatro personagens verdadeiramente fantásticos, e com todas as possibilidades que trazê-los para o MCU pode proporcionar.
Criado em 1961, a história do Quarteto Fantástico poderia ter passado despercebida. Não era mais uma equipe com uniformes coloridos como Sociedade da Justiça, e seus personagens pareciam pessoas comuns – com exceção do Coisa, que mais parecia um monstro que um herói.
A revista fez parte de um experimento do jovem Stan Lee e seu desenhista favorito, Jack Kirby, que tentaram criar um título que mostrasse aventuras fantásticas numa pegada mais realista que a utilizada por suas concorrentes famosas. Mas aquela primeira edição pegou os fãs de quadrinhos de assalto, e seria impossível não querer ler mais sobre aqueles personagens intrigantes.
A revista Fantastic Four #1 foi o ponto de partida de uma revolução nos quadrinhos de super-heróis: pela primeira vez, uma equipe com poderes incríveis também apresentava conflitos familiares, dilemas pessoais e uma convivência realista, cheia de atritos, carinho e imperfeições. Era uma resposta ao que Lee chamou de “heróis com falhas”, um contraponto aos modelos perfeitos da era de ouro. Lee soube captar perfeitamente o espírito conturbado dos anos 1960, trazendo questionamentos da juventude para dentro de suas histórias, que logo se multiplicariam ao redor do quarteto.
- Veja também – Os Segredos da Fantástica Ciência do Quarteto Fantástico
A novidade por trás do sucesso do título era o uso da ciência para explicar tudo, o que era muito mais aceito naquele momento pós-Bomba Atômica que as soluções mágicas de costume. Os quatro membros da equipe — Reed Richards (Sr. Fantástico), Sue Storm (Mulher-Invisível), Johnny Storm (Tocha Humana) e Ben Grimm (Coisa) — ganharam seus poderes após uma viagem espacial afetada por radiação cósmica. Ao retornarem à Terra, fundaram o Quarteto e passaram a enfrentar ameaças tanto locais quanto intergalácticas.
Desde os primeiros números, o grupo se destacou por explorar o desconhecido: viajaram por dimensões paralelas, conheceram civilizações futuristas e lidaram com dilemas científicos e éticos. O Quarteto não era só ação: era aventura, descoberta, e também uma família.
A fase original de Stan Lee e Jack Kirby, que vai aproximadamente das edições #1 a #102, é considerada uma das mais importantes da história dos quadrinhos. Nela, foram introduzidos personagens e conceitos fundamentais para todo o Universo Marvel: Galactus, Surfista Prateado, Pantera Negra, Inumanos, Zona Negativa, e claro, o grande vilão Doutor Destino (Doctor Doom). Essa fase é essencial para qualquer leitor que queira compreender o espírito da equipe — e boa parte dela está disponível no Brasil em edições como a Biblioteca Histórica Marvel – Quarteto Fantástico Vol. 1 e nas Edições Omnibus que reúnem os primeiros números.
Na década de 1980, o título viveu outro momento marcante com o roteirista e desenhista John Byrne, que modernizou os diálogos, aprofundou a relação entre os personagens e desenvolveu tramas com mais foco psicológico e científico. Essa fase também consolidou Sue como uma heroína mais ativa, deixando para trás o estereótipo de “dama em perigo”.
Já nos anos 2000, Mark Waid e Mike Wieringo trouxeram um tom mais emocional e aventureiro, retomando o espírito de exploração cósmica da série original com histórias como Inconcebível e O Custo do Poder.
Mas foi nos anos 2010 que o Quarteto voltou a ganhar prestígio com a elogiada fase de Jonathan Hickman. Suas histórias são mais densas, ambiciosas e cheias de conceitos de ficção científica — abordam temas como viagem no tempo, multiverso e responsabilidade científica.
Hickman expandiu o alcance do grupo com a criação da Fundação Futuro (Future Foundation), introduziu uma versão mais madura do Doutor Destino e fez conexões importantes com outras equipes e eventos da Marvel. No Brasil, essa fase pode ser lida nos Omnibus de Hickman e no volume “Consertar Tudo” da linha Marvel Essenciais.
Atualmente, a série foi retomada por Dan Slott, conhecido por seu trabalho em Homem-Aranha, que trouxe um clima mais leve, familiar e aventureiro para os personagens. Essa fase pós-Hickman está disponível a partir do volume 1 da série regular de 2019, e apresenta novas interações com o universo Marvel, sem perder o foco nos laços entre os membros do Quarteto.
Essas diferentes fases — especialmente as de Lee & Kirby e Hickman — têm grande influência sobre o novo filme do Quarteto Fantástico, que a Marvel Studios lançará em 2025. Até agora, as informações reveladas apontam para um tom mais próximo da exploração científica e cósmica, com ambientação parcial em um contexto retrofuturista.
A escolha de Doutor Destino como possível antagonista também reforça a ideia de que a origem clássica será resgatada, mas com elementos modernos como o multiverso e viagens dimensionais — temas centrais nas HQs de Hickman. Além disso, a expectativa da aparição de personagens como Galactus e o Surfista Prateado deixa os fãs empolgados, pois estas foram as histórias mais épicas do quarteto de heróis, e liga diretamente à fase Kirby dos anos 60.
Portanto, quem quiser se preparar para o filme ou entender melhor o lugar do Quarteto no coração do universo Marvel, encontra nas HQs citadas um verdadeiro tesouro de aventuras, ideias visionárias e histórias humanas. O Quarteto Fantástico não é apenas a primeira família da Marvel — é também a ponte entre a ficção científica e o heroísmo emocional. E agora, com o MCU prestes a trazê-los para o centro do palco, esse legado está mais vivo do que nunca.
✅ Ordem recomendada de leitura
1. Biblioteca Histórica Vol. 1
– arranque clássico FF #1–10
2. Em seguida, conteúdos de Quarteto Fantástico & Capitão Marvel e 1234 para continuidade nos anos 60
3. Pule para os Omnibus de Jonathan Hickman Vol. 1 e Vol. 2 – fase moderna épica
4. Otimize sua leitura com o digital Consertar Tudo (Hickman)
5. Finalize com a série serializada de Dan Slott (2019+), começando pelo vol. 1
📌 Extras para colecionadores:
- Coleção Clássica Marvel – Quarteto Fantástico Vol. 12 (Jack Kirby)
- Edições da Biblioteca Histórica Vol. 2
- Guerras Secretas.
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