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Deus e o Diabo na Terra do Sol – Glauber Rocha (1964)

Ficha Técnica

“DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL” (1964)

Duração: 120 minutos

Diretor: Glauber Rocha

Elenco:

Geraldo Del Rey como Manuel

Yona Magalhães como Rosa

Maurício do Valle como Corisco (O Diabo Loiro)

Othon Bastos como Antonio das Mortes

Lidio Silva como Padre

Sonia dos Humildes como Dada

Antônio Pinto como Lavadeira

Milton Rosa como João Grilo

Prêmios:

Urso de Prata no Festival de Berlim de 1965 (Melhor Direção)

Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) de 1964 (Melhor Filme Nacional)

Prêmio de Melhor Filme do Júri Popular no Festival de Cinema de Cannes de 1964

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL

Sinopse

“Deus e o Diabo na Terra do Sol” é um filme brasileiro dirigido por Glauber Rocha, inserido no movimento do Cinema Novo. A trama segue Manuel e Rosa, um casal de camponeses, que fogem da opressão dos patrões após um incidente. Ao se unirem a um grupo religioso liderado por Sebastião, suas vidas tomam um rumo radical. O filme explora temas como religião, violência e a luta por liberdade, incorporando elementos do folclore nordestino.

Essa obra-prima do cinema brasileiro é reconhecida por sua abordagem inovadora, simbolismo forte e crítica social, consolidando Glauber Rocha como um dos cineastas mais importantes da história do país.

Análise

DEUS E O DIABO NA TERRA DO SOL – O ÉPICO DO CINEMA NOVO BRASILEIRO

“Deus e o Diabo na Terra do Sol,” dirigido por Glauber Rocha, é um ícone do Cinema Novo brasileiro e mergulha nas complexidades sociais do Nordeste durante a década de 1960. Embora não represente um fato histórico específico, o filme encapsula a luta e a resistência do povo nordestino diante das adversidades sociais, econômicas e religiosas.

Resumo dos Fatos Históricos: A narrativa segue Manuel e Rosa, camponeses oprimidos, que buscam uma vida melhor após um incidente violento. Ao se unirem a um grupo liderado por Sebastião, um líder religioso, sua jornada se torna uma metáfora poderosa da busca por liberdade e justiça em meio às injustiças sociais. O filme aborda as tensões sociais e a luta contra as estruturas opressivas, pintando um retrato impactante da realidade brasileira.

Fidelidade aos Fatos Históricos: Glauber Rocha não busca uma representação literal dos eventos históricos, mas sim uma interpretação simbólica e poética. O filme usa metáforas e simbolismos para destacar as questões sociais e culturais, oferecendo uma visão única e provocativa, em vez de uma representação estrita dos fatos.

Contexto Histórico da Produção: O filme foi lançado em 1964, durante um período de intensa efervescência cultural e política no Brasil. A década de 1960 foi marcada por movimentos sociais, debates políticos e transformações culturais, sendo o Cinema Novo uma expressão artística desse contexto. Glauber Rocha, como um dos líderes do movimento, buscava uma linguagem cinematográfica autêntica e engajada.

Base Literária e Autor: Glauber Rocha não se baseou em uma obra específica para criar “Deus e o Diabo na Terra do Sol”. No entanto, sua inspiração veio das tradições culturais e folclóricas do Nordeste brasileiro, bem como das experiências políticas e sociais da época. Rocha, conhecido por suas ideias políticas progressistas, contribuiu significativamente para o desenvolvimento do Cinema Novo e para a afirmação do cinema brasileiro no cenário internacional. O filme é um testemunho do compromisso de Rocha em explorar as complexidades da identidade brasileira e das lutas sociais.

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