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ariano suassuna

Qual era o principal motivo das Cruzadas?

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O que foram as Cruzadas? Por que cavaleiros treinados para proteger seus reinos foram enviados a uma terra estrangeira distante para guerrear? Quais o verdadeiro motivo das Cruzadas à cidade de Jerusalém?

Tempo de leitura: 4 min

O que foram as Cruzadas

As Cruzadas foram uma série de expedições militares organizadas pelos cristãos da Europa Ocidental entre os séculos XI e XIII, com o objetivo de recuperar a Terra Santa, especialmente Jerusalém, que estava sob domínio muçulmano.

No entanto, elas não foram apenas batalhas religiosas; envolviam política, economia e disputas territoriais que transformaram a Europa e o Oriente Médio. Mas como tudo isso começou?

O Que Levou às Cruzadas?

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Para entender o início das Cruzadas, é preciso voltar um pouco no tempo. No século XI, a Europa Ocidental era dominada por um sistema feudal, onde reis, nobres e cavaleiros viviam em uma estrutura hierárquica baseada na posse de terras.

Enquanto isso, o mundo islâmico estava dividido em diferentes dinastias, como os fatímidas no Egito e os seljúcidas na Pérsia e na Anatólia. Já o Império Bizantino, herdeiro do antigo Império Romano do Oriente, tentava manter suas fronteiras e resistir às invasões muçulmanas.

O grande estopim para as Cruzadas foi a expansão dos turcos seljúcidas, um povo muçulmano de origem turca que tomou grandes territórios do Império Bizantino, incluindo a cidade de Niceia e a região da Anatólia (atual Turquia).

Em 1071, os bizantinos sofreram uma derrota desastrosa na Batalha de Manziquerta, o que colocou o império em uma situação muito difícil. Temendo perder ainda mais territórios, o imperador bizantino Aleixo I Comneno decidiu pedir ajuda ao Ocidente.

motivo das cruzadas

Cristãos, Muçulmanos e Bizantinos Antes das Cruzadas

Antes das Cruzadas, as relações entre cristãos e muçulmanos não eram apenas de guerra e hostilidade, como às vezes se pensa. De fato, havia bastante contato entre as duas culturas, principalmente por meio do comércio e da troca de conhecimentos.

Cidades como Bagdá, Córdoba e Damasco eram grandes centros de aprendizado e tecnologia, e muitos europeus viajavam para essas regiões em busca de conhecimento.

Por outro lado, também existia um histórico de conflitos entre os dois grupos. Desde a ascensão do Islã no século VII, os exércitos muçulmanos conquistaram territórios que antes eram cristãos, incluindo o norte da África, a Península Ibérica e partes do Império Bizantino.

Jerusalém, um dos lugares mais sagrados para os cristãos, caiu sob domínio islâmico em 638. Apesar disso, os muçulmanos geralmente permitiam que cristãos e judeus vivessem na região e visitassem os locais sagrados, desde que pagassem impostos específicos.

O Império Bizantino, por sua vez, estava em uma posição delicada. Durante séculos, ele manteve uma relação tensa com os reinos cristãos da Europa Ocidental, mas a ameaça turca fez com que o imperador Aleixo I deixasse as diferenças de lado e pedisse ajuda ao Ocidente.

O problema era que ele esperava reforços militares para recuperar suas terras, mas o que veio foi uma gigantesca mobilização religiosa e militar sem precedentes.

O Papel da Igreja Católica e do Papado

A Igreja Católica era a instituição mais poderosa da Europa na Idade Média, e o papa tinha uma influência gigantesca sobre reis, nobres e camponeses. No final do século XI, quem ocupava esse posto era o Papa Urbano II, um líder ambicioso que viu no pedido de ajuda do imperador bizantino uma oportunidade para unir os cristãos do Ocidente e fortalecer ainda mais a sua autoridade.

Em 1095, Urbano II convocou o famoso Concílio de Clermont, na França. Diante de uma multidão de nobres, cavaleiros e clérigos, ele fez um discurso inflamado pedindo que os cristãos pegassem em armas para libertar Jerusalém e ajudar os bizantinos contra os muçulmanos.

Ele prometeu que todos os que partissem para a guerra teriam seus pecados perdoados e garantiu que essa seria uma missão santa, recompensada com a salvação eterna. Essa promessa mexeu com o imaginário medieval, onde a religião era central na vida das pessoas.

O chamado do Papa teve um efeito impressionante. Nobres, cavaleiros e até camponeses decidiram participar da expedição, alguns movidos por fervor religioso, outros pela promessa de riquezas e terras no Oriente. Assim, em 1096, milhares de pessoas começaram a marchar rumo à Terra Santa, dando início à Primeira Cruzada.


As Cruzadas começaram como uma resposta a vários fatores combinados: a ameaça dos turcos seljúcidas ao Império Bizantino, o desejo da Igreja Católica de expandir sua influência e o entusiasmo dos cavaleiros europeus em busca de aventura, riqueza e salvação espiritual.

O que parecia ser apenas uma guerra religiosa logo se tornaria uma série de expedições complexas que mudariam o curso da história. Mas a Primeira Cruzada foi apenas o começo – muitas outras ainda estavam por vir, cada uma com suas próprias batalhas, personagens e consequências que moldariam o mundo medieval de maneiras inesperadas.

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Sobre o Autor

equipe

Valdiomir Meira é licenciado em História e Letras, com pós-graduação em metodologia de ensino da língua portuguesa, metodologias inovadoras de educação e semiótica. Sua grande paixão é ler, viajar e ensinar. Leitor dedicado de quadrinhos e pesquisador nas áreas de educação e mitologia. Além de outras atuações profissionais, como criação de conteúdo para internet e tutoriais, também é redator e editor de artigos para blogs.

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