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Xala (1975) – Por Ousmane Sembène, o “pai” do cinema africano

Xala – dirigido por Ousmane Sembène, o “pai” do cinema senegalês, trata de Corrupção, Questões Sociais e Políticas no Senegal pós-colonial.

Ficha Técnica

Xala – O Feitiço / “Xala”(Senegal, 1975)

Direção: Ousmane Sembène

Elenco

Thierno Leye, Seune Samb, Myriam Niang, Makhouredia Gueye, Fatim Diagne

Xala

Resumo

“Xala” é um filme senegalês dirigido por Ousmane Sembène, considerado um dos pioneiros do cinema africano. A trama aborda a corrupção e as questões sociais e políticas no Senegal pós-colonial. A história gira em torno de El Hadji, um homem de negócios bem-sucedido que, ao se casar com uma terceira esposa, é amaldiçoado com impotência (xala).

A narrativa explora a metáfora do feitiço como uma crítica à corrupção e ao neocolonialismo, revelando as contradições da elite política e empresarial. Com elementos de sátira e simbolismo, o filme é uma obra-prima que transcende fronteiras culturais ao abordar questões universais de poder e desigualdade.

Análise

Xala

“Xala” é um filme senegalês lançado em 1975, dirigido por Ousmane Sembène, uma figura proeminente no cinema africano e frequentemente chamado de “pai do cinema africano”. Este filme é uma sátira social que aborda temas como corrupção, poder e desilusões pós-independência no contexto do Senegal.

A trama se concentra em El Hadji Abdou Kader Beye, um empresário senegalês rico e respeitado, que se casa pela terceira vez. Durante a cerimônia, El Hadji é atingido por uma maldição conhecida como “xala”, que o deixa impotente. A história segue a busca de El Hadji pela cura e explora as críticas à elite política e empresarial do Senegal.

Produção

O título refere-se à impotência, tanto no sentido físico quanto no político. O filme utiliza a maldição como uma metáfora para a impotência da classe dirigente africana diante dos desafios enfrentados por seus países após a independência. A sátira de Sembène é afiada, expondo a corrupção e a desconexão da elite governante em relação às necessidades da população.

A narrativa de “Xala” é habilmente entrelaçada com elementos de crítica social, folclore africano e humor satírico. Ousmane Sembène usa sua habilidade cinematográfica para criar uma obra que é ao mesmo tempo provocativa e reflexiva, lançando um olhar crítico sobre a evolução pós-independência em muitas nações africanas.

Contextualmente, “Xala” foi lançado em um período em que muitos países africanos estavam refletindo sobre suas experiências pós-independência. O filme faz parte de uma onda de cinema africano engajado politicamente, que buscava não apenas retratar a realidade das nações africanas, mas também questionar as estruturas de poder e promover a conscientização.

Este é um filme significativo não apenas por sua qualidade artística, mas também por sua contribuição para o desenvolvimento do cinema africano como uma forma de expressão política e cultural. Ao abordar temas universais através de uma lente local, a obra de Sembène continua a ser uma referência importante no panorama cinematográfico africano e global.

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Xala

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