Stênio Gardel,natural de Limoeiro do Norte, interior do Ceará, foi o primeiro brasileiro a receber o National Book Awards, um dos prêmios mais importantes da literatura nos Estados Unidos.
Funcionário público do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará, compartilha como suas vivências pessoais e profissionais influenciaram a criação de seu romance A Palavra que Resta (2021), vencedor do prestigiado prêmio americano na categoria tradução no final do ano passado. A obra concorreu com outras nove obras originalmente escritas em árabe, holandês, francês, alemão, coreano e espanhol.
O enredo segue Raimundo, um septuagenário camponês cearense, que decide aprender a ler com o objetivo específico de finalmente descobrir o conteúdo da carta que Cícero, seu amor de juventude, lhe escreveu há 50 anos. Esta carta, por vergonha, nunca foi solicitada para leitura por ninguém. O desenvolvimento do romance foi facilitado por cursos livres ministrados pela também escritora cearense Socorro Acioli, que se tornou amiga pessoal e depois professora de Stênio.
Especialista em escrita literária, Stênio Gardel tem contribuído, desde 2017, com diversas coletâneas de contos. Ele é autor de A marca (coletânea Farol, Ed. Moinhos), Santíssima Trindade (coletânea Mirabilia, Ed. Labrador), A memória do nome (coletânea Quase Nome, Ed. Labrador), O trabalho de Madame Mercedes (coletânea Limiar-delírios cruzados, Ed. Chiado), além de O grito e A espingarda e a bandeirinha, que fazem parte da coletânea O castiçal, a escrivaninha, a cadeira e o rascunho, selecionada por edital do Ministério da Cultura em 2018.
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