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O Jovem Indiana Jones (1992)

The Young Indiana Jones Chronicles, de George Lucas, ou As Aventuras do Jovem Indiana Jones. A gênese de um herói e de um século.

Tempo de Leitura: 6 minutos

O Jovem Indiana Jones” em poucas palavras …

Início do Século XX, Egito. Um menino de dez anos se encanta com os mistérios envolvendo tumbas e câmeras secretas, e também com o perigo que ronda cada esquina. Seu nome era Henry Jones Jr., e pra acompanhar seu pai, um proeminente professor de literatura e estudioso de arqueologia, ele e sua mãe terão de enfrentar muitos perigos através do mundo, mas também conhecer lugares e pessoas que mudarão completamente o mundo.

Ao lado do pequeno aventureiro segue sua professora particular, a Miss. Seymor, que se provará uma companheira de aventuras muito mais valiosa do que se poderia imaginar. Enquanto ela lhe apresenta o mundo dos livros, ele também conhece o mundo através dos olhos de personagens históricos como T.E. Lawrence (o Lawrence da Arábia), e o jovem Pablo Picasso. Essas experiências não só alimentam sua curiosidade, mas também despertam sua paixão pela arqueologia.

Alguns anos depois, contudo, já adolescente, ele e o pai se separam depois de um período de luto pela mãe. Era uma época perigosa, no início da Primeira Guerra Mundial. Seus amigos agora o chamava de Indy, ou Indiana, nome que antes tinha sido do seu cachorro. Solto no mundo, sem ninguém para cuidar dele, o jovem tem que provar que todo seu conhecimento serviu para alguma coisa.

Ele se envolve em batalhas perigosas, escapa de prisões e atua como espião. Em seu caminho a guerra vai se mostrando menos idealista do que ele sonhava, com amigos sendo mortos nas trincheiras e caindo aos seus pés com olhos ainda cheios de juventude perdida. Toda aquela morte serve para mostrar a Indy que haviam causas melhores pelas quais poderia lutar.


Análise de “O Jovem Indiana Jones”

A gênese de um herói e de um século

“As Crônicas do Jovem Indiana Jones” exploram a vida do famoso arqueólogo Indiana Jones em suas diversas fases, desde a infância até a maturidade. A narrativa abrange eventos históricos cruciais do século XX, colocando Indy em situações envolventes e perigosas ao redor do mundo. A série adota uma abordagem educacional, incorporando eventos reais e figuras históricas enquanto acompanha o desenvolvimento do personagem icônico.

Ao longo dos episódios, o público testemunha as origens da paixão de Indiana Jones por arqueologia, sua participação na Primeira Guerra Mundial, encontros com figuras históricas notáveis e aventuras que moldaram o homem que ele se tornaria. O envelhecido Indiana Jones com um tapa olho, interpretado por George Hall, narra suas memórias, proporcionando uma perspectiva única sobre sua jornada épica. Esta versão do personagem não apareceria novamente na versão lançada em DVD alguns anos depois, ficando apenas na memória de quem assistiu na época.

A série destaca-se por sua produção de alta qualidade. Embora não tenha recebido os principais prêmios da categoria, é elogiada pela abordagem inovadora de contar a história de um personagem importante ao longo de várias fases de sua vida.

A série cumpre bem o papel de expandir o universo do personagem, dando mais profundidade a personagens que se tornaram queridos do público, como o pai de Indy. Infelizmente foi cancelada sem cumprir a expectativa do público de ver o jovem se tornar arqueólogo e se encontrar com Marion e Abner Ravenwood, ou com seu futuro rival René Beloq.

A série se destaca por sua fidelidade aos eventos históricos, proporcionando uma visão autêntica das épocas abordadas. No entanto, algumas licenças artísticas são tomadas para intensificar o aspecto de aventura e drama, características marcantes da franquia Indiana Jones.

O contexto histórico em que a série foi produzida remonta aos anos 90, quando a demanda por conteúdo televisivo diversificado estava em ascensão. “As Crônicas do Jovem Indiana Jones” surgiram como uma resposta à busca por narrativas envolventes que transcenderiam a tela do cinema. A série foi lançada em 1992, seguida pela segunda temporada apenas em 1996.

Naquela época, séries de aventura e ação eram populares, e “As Crônicas do Jovem Indiana Jones” se destacaram ao oferecer uma abordagem única, combinando entretenimento com uma perspectiva educacional.

Produção

O elenco é encabeçado por Sean Patrick Flanery, que interpreta Indiana Jones na fase jovem, e Corey Carrier, que assume o papel nas cenas que retratam a infância do personagem. George Hall, por sua vez, representa um Indiana Jones envelhecido, que narra suas experiências ao longo dos episódios. Ronny Coutteure desempenha o papel de Remy Baudouin, amigo e companheiro de Indiana Jones em suas viagens.

Embora a série tenha capitalizado a conhecida franquia cinematográfica de Indiana Jones, muitos dos que assistiram na época reclamavam do seu ritmo mais dramático e menos aventuresco que os filmes. O fato do personagem encontrar sempre um personagem histórico importante a cada episódio também soava inverossímil, e despertou críticas. Mas o roteiro e a produção de alta qualidade garantiram a audiência enquanto a série durou. Um ponto alto eram as locações em várias partes do mundo, semelhante ao que era feito nos filmes.

A influência de “As Crônicas do Jovem Indiana Jones” pode ser vista na tendência de produções televisivas que exploram os antecedentes de personagens populares do cinema. A série ajudou a pavimentar o caminho para outras narrativas que expandem universos cinematográficos por meio da televisão, como Star Wars, também de George Lucas.

Além de proporcionar uma visão mais profunda do personagem central, “As Crônicas do Jovem Indiana Jones” oferece uma jornada emocionante pelos eventos históricos do século XX. Eventos como a Revolução Mexicana e a Primeira Guerra Mundial são mostrados de uma maneira dramática, mas mantendo a essência aventureira e misteriosa que tornou Indiana Jones um ícone do cinema

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Sobre o Autor

equipe

Valdiomir Meira é licenciado em História e Letras, com pós-graduação em metodologia de ensino da língua portuguesa, metodologias inovadoras de educação e semiótica. Sua grande paixão é ler, viajar e ensinar. Leitor dedicado de quadrinhos e pesquisador nas áreas de educação e mitologia. Além de outras atuações profissionais, como criação de conteúdo para internet e tutoriais, também é redator e editor de artigos para blogs.

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