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O menino do pijama listrado/The Boy in the Striped Pyjamas (2008)

FICHA TÉCNICA

O Menino do Pijama Listrado/The Boy in the Striped Pyjamas (2008)

Duração: 94 minutos

Diretor: Mark Herman

Elenco Principal

  • Asa Butterfield como Bruno
  • Jack Scanlon como Shmuel
  • David Thewlis como Pai de Bruno
  • Vera Farmiga como Mãe de Bruno
O menino do pijama listrado

Sinopse Resumida

O Menino do Pijama Listrado conta a história de Bruno, um garoto alemão que, durante a Segunda Guerra Mundial, se muda com a família para uma casa próxima a um campo de concentração. Lá, ele faz amizade com Shmuel, um menino judeu prisioneiro, criando uma relação proibida e tocante.


Análise

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO: UMA AMIZADE NA SOMBRAS DO HOLOCAUSTO

“O Menino do Pijama Listrado” é um filme lançado em 2008, dirigido por Mark Herman e baseado no romance homônimo de John Boyne. O filme é uma narrativa profundamente emocional e perturbadora que explora a amizade inocente entre duas crianças em meio às atrocidades do Holocausto. Ele oferece uma perspectiva única e inocente dos horrores da Segunda Guerra Mundial, vista através dos olhos de um menino de oito anos.

O menino do pijama listrado

O enredo gira em torno de Bruno, interpretado por Asa Butterfield, um menino alemão que vive em Berlim durante a Segunda Guerra Mundial. Bruno é o filho de um oficial nazista, o comandante Ralf, interpretado por David Thewlis. Quando seu pai é promovido e transferido para supervisionar um campo de concentração, a família de Bruno se muda para uma casa isolada nas proximidades do campo.

Curioso e solitário, Bruno explora a nova vizinhança e eventualmente encontra uma cerca de arame farpado, onde conhece Shmuel, interpretado por Jack Scanlon, um menino judeu da mesma idade que está preso no campo. Bruno, não compreendendo a verdadeira natureza do campo de concentração, pensa que Shmuel está vivendo em uma espécie de fazenda onde todos vestem “pijamas listrados”. A amizade entre Bruno e Shmuel se desenvolve através de encontros regulares na cerca, onde eles compartilham conversas e alimentos.

À medida que a amizade deles cresce, Bruno começa a questionar as ideologias nazistas que sua família sustenta. Ele não consegue entender por que Shmuel e sua família estão sendo tratados de forma tão diferente e cruel. A inocência de Bruno contrasta fortemente com a brutal realidade do Holocausto, e o filme destaca a ignorância e a pureza das crianças em meio a um mundo de ódio e violência.

O clímax do filme é devastador e trágico. Em uma tentativa de ajudar Shmuel a encontrar seu pai desaparecido dentro do campo, Bruno cava um buraco sob a cerca e veste um pijama listrado para se misturar com os prisioneiros. Os dois meninos são apanhados em uma marcha e levados para uma câmara de gás, onde encontram um destino terrível. A cena final, que mostra a desesperança e o horror dos pais de Bruno quando percebem o que aconteceu, é um poderoso comentário sobre a desumanidade do Holocausto e o preço que as famílias pagaram.

Contexto de Produção

“O Menino do Pijama Listrado” foi lançado em um momento em que havia um interesse renovado por narrativas sobre o Holocausto e a Segunda Guerra Mundial. Produzido pela Miramax Films, o filme foi rodado na Hungria e na Inglaterra. A escolha de lançar o filme em 2008 coincidiu com uma época em que o mundo estava refletindo sobre os legados de guerra e genocídio, e a importância de lembrar e educar sobre essas atrocidades para impedir que se repetissem.

O contexto histórico do lançamento também é significativo, pois ocorreu durante uma época de crescente conscientização sobre os perigos do extremismo e do ódio racial, tanto em nível global quanto local. O filme serviu como um lembrete oportuno da necessidade de combater o racismo e a intolerância em todas as suas formas, reforçando a importância de ensinar às novas gerações sobre os horrores do passado para construir um futuro mais justo e humano.

A produção do filme foi marcada por uma abordagem cuidadosa e respeitosa ao tema sensível do Holocausto. O diretor Mark Herman e o autor John Boyne colaboraram estreitamente para garantir que a adaptação mantivesse a integridade emocional e histórica do romance. A escolha do elenco, especialmente a seleção de Asa Butterfield e Jack Scanlon, foi crucial para transmitir a inocência e a autenticidade das experiências infantis em um contexto tão sombrio.

Recepção Pública

O impacto de “O Menino do Pijama Listrado” foi profundo e multifacetado. O filme foi amplamente aclamado por sua capacidade de abordar o Holocausto de uma maneira acessível e compreensível para públicos mais jovens, ao mesmo tempo em que não diluía a gravidade dos eventos históricos. Ele provocou discussões importantes sobre a moralidade, a inocência e a capacidade do cinema de educar e sensibilizar sobre temas históricos complexos.

Além disso, o filme suscitou debates sobre a representação do Holocausto na mídia e a responsabilidade dos cineastas em retratar eventos históricos traumáticos com precisão e sensibilidade. Embora alguns críticos argumentassem que a perspectiva infantil poderia simplificar demais a complexidade do Holocausto, muitos defenderam que essa abordagem era valiosa justamente por sua capacidade de envolver e educar um público mais amplo.

A recepção crítica e popular do filme reflete seu sucesso em cumprir esses objetivos. “O Menino do Pijama Listrado” recebeu várias indicações a prêmios e foi elogiado por sua cinematografia, direção e, especialmente, pelas performances de seus jovens protagonistas. A trilha sonora de James Horner também contribuiu significativamente para a atmosfera emocional do filme, realçando a sensação de inocência perdida e a tragédia iminente.

Considerações Finais

“O Menino do Pijama Listrado” é um filme poderoso que oferece uma visão única e tocante do Holocausto através dos olhos de uma criança. Lançado em 2008, em um período de reflexão e educação sobre genocídios e intolerância, ele serve como um lembrete da importância de nunca esquecer os horrores do passado. A produção cuidadosa e a narrativa sensível garantiram que o filme não apenas entretivesse, mas também educasse e provocasse profundas reflexões sobre a moralidade, a humanidade e a necessidade de resistir ao ódio em todas as suas formas.

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