Oppenheimer – O dilema ético do físico teórico creditado como o “pai da bomba atômica” no Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial.
Ficha Técnica
Oppenheimer (2023)
Direção, Roteiro e Produção
Christopher Nolan
Elenco Principal
- Cillian Murphy como J. Robert Oppenheimer
- Emily Blunt como Katherine “Kitty” Oppenheimer
- Matt Damon como Gen. Leslie Groves
- Robert Downey Jr. como Rear Admiral Lewis Strauss
- Florence Pugh como Jean Tatlock
Outros Membros do Elenco:
Josh Hartnett, Casey Affleck, Rami Malek, Kenneth Branagh, e outros.
Gênero: Biografia, Suspense
Prêmios Recebidos
Melhor Filme – Drama no 81º Globo de Ouro. Melhor Filme no 77º British Academy Film Awards. Melhor Elenco no SAG Awards.
Também foi indicado para 13 indicações no 96º Academy Awards, o Oscar. Venceu 07 categorias, incluindo Melhor Filme.
Bilheteria: Mais de $960 milhões mundialmente
Classificação Indicativa: R (para maiores de 17 anos nos Estados Unidos)
Sinopse
“Oppenheimer” é um thriller biográfico épico que narra a vida de J. Robert Oppenheimer, físico teórico americano creditado como o “pai da bomba atômica” por seu papel no Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial. O filme, baseado na biografia “American Prometheus” de Kai Bird e Martin J. Sherwin, explora a carreira de Oppenheimer, desde seus estudos até sua direção do Laboratório de Los Alamos e sua queda em 1954 durante uma audiência de segurança.
A narrativa se desenrola de forma não linear, apresentando duas linhas do tempo: “Fission”, em cores, focando no relato de Oppenheimer em sua audiência de 1954, e “Fusion”, em preto e branco, mostrando a perspectiva de Lewis Strauss durante a audiência de confirmação de 1959. O filme recebeu aclamação crítica por seu roteiro, trilha sonora, visuais e atuações.
Curiosidades
O filme marcou a primeira colaboração de Christopher Nolan com a Universal Pictures, após conflitos com a Warner Bros.
A estreia simultânea com “Barbie”, da Warner Bros., originou o fenômeno cultural “Barbenheimer”, incentivando o público a assistir ambos como uma sessão dupla.
“Oppenheimer” tornou-se o terceiro filme de maior bilheteria de 2023, o filme relacionado à Segunda Guerra Mundial mais lucrativo, o biográfico mais rentável e o segundo filme com classificação R mais rentável.
Recebeu elogios por suas representações históricas, narrativa envolvente e impacto emocional.
Análise de “Oppenheimer”
O dilema da Bomba Atômica
O filme acompanha a trajetória do físico teórico americano creditado como o “pai da bomba atômica” por seu papel no Projeto Manhattan durante a Segunda Guerra Mundial. A ênfase do filme está nos seus estudos e na liderança do Laboratório de Los Alamos durante a guerra, que trariam seus momentos de triunfo e também sua queda em desgraça durante uma audiência de segurança em 1954.
O elenco também inclui Emily Blunt, Matt Damon, Robert Downey Jr. e Florence Pugh, entre outros. O ator veterano Tom Conti faz uma pequena mas preciosa participação como o físico teórico Albert Einstein em um diálogo que mantém o expectador em suspense por todo o filme.
A Trama
O enredo é apresentado de forma não linear, dividido entre dois períodos: “Fissão”, que se passa em cores e mostra Oppenheimer narrando sua vida durante uma audiência de segurança em 1954, e “Fusão”, em preto e branco, representando a perspectiva de Lewis Strauss durante a audiência de confirmação de Oppenheimer em 1959. A narrativa segue Oppenheimer desde seus dias de estudante em Cambridge até seu envolvimento no Projeto Manhattan e suas consequências na Guerra Fria.
A trama começa em 1926, com Oppenheimer como estudante em Cambridge, passando por sua carreira acadêmica, casamento com Kitty, seu papel no Projeto Manhattan e sua queda após a guerra devido a ligações comunistas. O elenco é liderado por Cillian Murphy, que oferece uma performance destacada como Oppenheimer, ao lado de Emily Blunt, Matt Damon e outros. O filme utiliza uma narrativa não linear para explorar os momentos cruciais da vida de Oppenheimer.
Contexto de Produção
O filme estreou no Le Grand Rex em Paris em 11 de julho de 2023, sendo lançado nos Estados Unidos e no Reino Unido pela Universal dez dias depois. Em meio ao lançamento simultâneo de “Barbie”, da Warner Bros., surgiu o fenômeno cultural “Barbenheimer”, incentivando o público a assistir ambos os filmes como uma sessão dupla.
“Oppenheimer” arrecadou mais de US$ 960 milhões mundialmente, tornando-se o terceiro filme de maior bilheteria de 2023, o maior filme relacionado à Segunda Guerra Mundial e a cinebiografia mais lucrativa. Recebeu aclamação crítica pelo roteiro, trilha sonora, visuais e atuações.
Em relação à produção, Nolan utilizou sua colaboração com o diretor de fotografia Hoyte van Hoytema para filmar em IMAX 65 mm e 65 mm em preto e branco pela primeira vez. A ênfase em efeitos práticos, característica de outros filmes de Nolan, foi mantida, resultando na classificação etária R nos Estados Unidos, a primeira desde “Insomnia” em 2002.
Considerações Finais
Este é um filme que cria expectativas bastante interessantes, tanto nos apaixonados por cinema quanto nos interessados em história. Para os fãs de bom cinema, ele tem tudo que um bom filme precisa: grande atuações, com destaque para Murphy e Downey Jr, imagens grandiosas, narrativa complexa, mistérios e personagens com dilemas profundos.
Do ponto de vista histórico, fica a lente de aumento que o diretor coloca sobre os dilemas enfrentados pelo físico e por todos que participaram do Projeto que criaria a arma mais poderosa da história da humanidade, e que poderia por fim a ela quando fosse usada. Isso seria suficiente para qualquer grande filme, mas Nolan não gosta de filmes fáceis. Assim, ele vai um pouco além, trazendo a questão do vazamento de segredos da fissão nuclear para a URSS, e colocando Oppenheimer no banco dos réus.
Herói num momento, traidor da pátria no outro, e assombrado pelo fantasma do que ele tinha criado. Tantas questões fazem dos 180 minutos de duração um tempo longo e ao mesmo tempo curto demais. Embora possa se tornar um pouco cansativo em alguns momentos, o filme não deixa o ritmo cair. Suas mudanças de takes, alternando a participação de Oppenheimer no Projeto Manhattan e a investigação que verificava sua ligação com pessoas do Partido Comunista, dá a sensação de que estamos vendo dois filmes ao mesmo tempo, com os dois progredindo para o clímax, mas seguindo por um caminho que parece óbvio e ao mesmo tempo esconde pequenas surpresas em seu percurso.
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