Premiere de Demolidor Renascido – Inimigos retornam, segredos são revelados e Matt Murdock enfrenta seu maior dilema.
Tempo de Leitura: 6 min
ALERTA DE SPOILERS: Só leia se já tiver assistido os episódios 1 e 2 da Premiere de Demolidor Renascido
A volta triunfante de Matt Murdock na Premiere de Demolidor Renascido
Depois de anos de espera, os fãs de Demolidor finalmente podem comemorar: “Daredevil: Born Again” chegou com tudo no Disney+, trazendo de volta a intensidade e o drama que marcaram a série original da Netflix.
A estreia, dividida em dois episódios, começa com um impacto brutal e não perde tempo em reafirmar que o Homem Sem Medo continua o mesmo — só que agora em um jogo ainda mais perigoso.
Uma luta épica e um recomeço doloroso
Os primeiros minutos da premiere de Demolidor Renascido já deixam claro que a série não perdeu sua essência. O episódio abre com uma batalha feroz entre Matt Murdock (Charlie Cox) e Benjamin Poindexter (Wilson Bethel), agora assumindo de vez sua identidade dos quadrinhos como o letal Mercenário (Bullseye).
A cena, toda filmada em um único plano-sequência, transforma um simples bar em um campo de guerra, com objetos comuns virando armas mortais nas mãos do vilão. Para os fãs da ação visceral que sempre caracterizou a série, é uma cena de tirar o fôlego.
Mas a luta tem consequências devastadoras. Foggy Nelson (Elden Henson), o inseparável amigo de Matt, é morto por Poindexter, e essa perda muda completamente o curso da história. Murdock, tomado pelo luto e pela raiva, chega ao seu limite e quase rompe sua regra mais sagrada: não matar.
Esse momento marca um dos pontos mais sombrios da jornada do personagem e o leva a uma decisão drástica — ele pendura o manto do Demolidor e decide se dedicar exclusivamente à sua carreira como advogado.
Wilson Fisk, o político
Enquanto Matt tenta recomeçar, seu maior inimigo está mais forte do que nunca. Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio), o Rei do Crime, ressurge não como chefe do submundo, mas sim como político.
Agora prefeito de Nova York, Fisk tem poder, influência e uma nova estratégia: ao invés de comandar o crime pelas sombras, ele se posiciona como o homem que vai “limpar” a cidade dos vigilantes. E claro, isso inclui seu velho inimigo, Matt Murdock.
Essa mudança de dinâmica entre os personagens é um dos pontos altos da estreia. Pela primeira vez, vemos Murdock e Fisk se enfrentando não apenas nos becos escuros de Hell’s Kitchen, mas também nos tribunais e na política.
A cena em que os dois se encontram em um restaurante é carregada de tensão — as palavras cortam mais fundo do que qualquer soco, e cada olhar traz uma ameaça velada. O confronto entre os dois agora não é apenas físico, mas ideológico, tornando a rivalidade ainda mais fascinante.
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Sagas do Demolidor utilizadas na Premiere de Demolidor Renascido (*)
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O surgimento do Tigre Branco e a crise de identidade de Murdock
Além do retorno de Fisk, o segundo episódio introduz um novo vigilante às ruas de Nova York: Hector Ayala, o Tigre Branco, interpretado por Kamar de los Reyes. Sua história é profundamente trágica, marcada por uma prisão injusta, e sua luta contra a corrupção ressoa com a própria jornada de Murdock. No entanto, quando Matt tenta aconselhá-lo a deixar a vida de vigilante, fica evidente que o ex-Demolidor ainda não resolveu seus próprios conflitos internos.
Essa interação adiciona uma nova camada à narrativa: ao mesmo tempo que Murdock tenta seguir um caminho pacífico, o mundo ao seu redor continua exigindo que ele volte a agir. Essa dualidade entre advogado e justiceiro é o coração da série e, como sempre, coloca o protagonista diante de escolhas impossíveis.
Violência e Maturidade continuam na fórmula
Uma das maiores preocupações dos fãs era se “Demolidor: Renascido” manteria o tom maduro e brutal da série original. A resposta é um sonoro “sim”.
A cena em que Murdock, encurralado por policiais corruptos, é forçado a quebrar sua promessa de não violência, é um exemplo disso. A explosão de fúria do personagem, culminando em uma sequência de golpes brutais, mostra que a série não suavizou sua abordagem.
Além disso, há momentos de pura tensão psicológica. Fisk, sempre um mestre da manipulação, usa sua nova posição para minar a moral de Murdock de maneiras que vão além da força bruta. O jogo de poder entre os dois promete ser um dos elementos mais interessantes da temporada.
Trilha Sonora da Premiere de Demolidor Renascido
Um dos pontos altos de Demolidor Born Again tem siso a trilha sonora. E o destaque musical dessa premiere dividida em dois episódios é a música Get Free, da banda australiana The Vines. Lançada em 2002 no álbum Highly Evolved, a faixa é um hino de rebeldia e libertação, marcada por guitarras distorcidas e os vocais intensos de Craig Nicholls.
Ela embala o final do segundo episódio da premiere de Demolidor Renascido com uma energia crua e explosiva, que parece surgir diretamente do grito de angústia lançado por Matt Murdock.
A escolha dessa música para encerrar o episódio não é à toa. Seu tom agressivo e caótico reflete o momento de transição de Matt Murdock, que, após ser forçado a abandonar sua tentativa de levar uma vida pacífica, parece prestes a voltar ao papel de vigilante.
A batida frenética e o grito de “I’m gonna get free!” soam quase como um presságio de que Demolidor está renascendo – não apenas como advogado ou herói, mas como alguém disposto a cruzar limites perigosos.
A cena, reforçada pela trilha sonora, captura a fúria e o desespero do protagonista, deixando no ar a dúvida: Matt conseguirá manter seu código moral intacto, ou desta vez irá longe demais?
O que esperar dos próximos episódios?
Embora a estreia tenha sido intensa e promissora, alguns elementos ainda precisam de desenvolvimento. A ausência de personagens secundários mais marcantes, como Karen Page (Deborah Ann Woll), deixa um vazio na narrativa.
Além disso, a trama de Murdock desistindo da identidade de Demolidor pode parecer um pouco repetitiva para quem acompanhou a terceira temporada da série original.
No entanto, a série compensa essas pequenas falhas com seu ritmo acelerado, performances impecáveis e um roteiro que mantém a essência do personagem.
A conexão com o Universo Cinematográfico da Marvel também foi bem trabalhada, com referências sutis, incluindo uma menção ao Homem-Aranha, algo que parecia impossível alguns anos atrás.
Com Fisk no poder, Murdock à beira de um colapso moral e novos vigilantes surgindo, “Demolidor: Renascido” promete uma temporada cheia de reviravoltas e confrontos inesquecíveis. Se os primeiros episódios são um indicativo do que está por vir, os fãs podem ficar tranquilos: o Demolidor voltou, e ele veio para ficar.
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