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Revolução Americana de 1776 – Tudo que você precisa saber

A Revolução Americana, de 1776, liderada por George Washington, foi um marco no Sec. XVIII, moldando várias outras que viriam.

A Revolução Estadunidense que inspirou a América contra o colonialismo

O que você sabe sobre a Revolução Americana de 1776? E sobre o feriado de 4 de julho? Como os personagens de Outlander estão envolvidos nisso tudo? Essa revolução tem alguma coisa a ver com o Brasil? O que Diana Gabaldon usou na obra Outlander? Se você tem essa curiosidade, é hora de saber mais sobre a Revolução de 1776.

Em seu sétimo livro da série Outlander, a escritora Diana Gabaldon coloca seus personagens em plena Revolução Americana de 1776
Em seu sétimo livro da série Outlander, a escritora Diana Gabaldon coloca seus personagens em plena Revolução Americana de 1776

E se você está se preparando para o vestibular, ou para o ENEM, não tem melhor maneira de conhecer a história que lendo e comparando com o que a série e outros filmes mostram sobre ela. Por isso, ao final da matéria, listamos alguns bons filmes para assistir e imergir neste conteúdo. Afinal, estamos falando sobre a revolução que desencadeou várias outras em toda a América entre os séculos XVIII e XIX, inclusive no Brasil. Agora aperte as rédeas, ajeite o chapeu, e vamos lá.

O QUE FOI A REVOLUÇÃO AMERICANA?

A Revolução Americana, também conhecida como Guerra da Independência dos Estados Unidos, foi um evento crucial na história moderna, que ocorreu entre os anos de 1775 e 1783. Foi um movimento que resultou na emancipação das Treze Colônias britânicas na América do Norte, que posteriormente se tornaram os Estados Unidos da América.

A Revolução Americana foi impulsionada por uma série de fatores e tensões que se acumularam ao longo do tempo. Um dos principais catalisadores foi a insatisfação das colônias com as políticas impostas pela Grã-Bretanha. As medidas restritivas, como os impostos sem representação parlamentar adequada, levaram a crescente ressentimento e a um sentimento de injustiça por parte dos colonos americanos.

Os colonos também estavam descontentes com a presença militar britânica e com o aumento do controle do governo sobre as colônias. A imposição do Ato do Chá em 1773, que concedeu o monopólio da venda de chá à Companhia das Índias Orientais, e a subsequente “Festa do Chá de Boston”, foram eventos que demonstraram a resistência dos colonos à autoridade britânica.

Com a eclosão da violência em Lexington e Concord, em 1775, os confrontos armados começaram entre as forças coloniais e britânicas. A partir desse momento, a Revolução Americana ganhou força, à medida que as colônias se uniram contra o domínio britânico e buscaram a independência.

Declaração de Independência

A Declaração de Independência, redigida principalmente por Thomas Jefferson e adotada pelo Congresso Continental em 4 de julho de 1776, tornou-se um marco significativo durante a Revolução Americana. Ela afirmava os princípios de liberdade, igualdade e direitos inalienáveis do povo, servindo como um manifesto da luta pela independência e inspirando movimentos revolucionários em todo o mundo.

A guerra travada entre as colônias americanas e as forças britânicas foi longa e árdua. Os Estados Unidos contaram com o apoio de nações como a França, Espanha e Países Baixos, que viram na causa americana uma oportunidade de enfraquecer o império britânico. As batalhas de Saratoga em 1777 e a vitória em Yorktown em 1781 foram momentos decisivos que levaram à rendição britânica e ao reconhecimento da independência americana.

A Revolução Americana teve impactos duradouros não apenas nos Estados Unidos, mas em todo o mundo. Ela estabeleceu as bases para a formação de uma nova nação fundada nos ideais de liberdade, democracia e direitos humanos. Os princípios expressos na Declaração de Independência influenciaram a redação de outras constituições e inspiraram movimentos revolucionários em outros países.

Implicações Econômicas e Socias da Revolução Americana

Além disso, a Revolução Americana também teve implicações econômicas e sociais significativas. O sistema colonial foi substituído por um sistema republicano baseado na representação popular. A escravidão, embora não tenha sido abolida imediatamente, começou a ser questionada como uma contradição aos princípios de liberdade e igualdade defendidos durante a Revolução Americana. Essas mudanças e questionamentos também tiveram influência indireta na Inconfidência Mineira no Brasil.

A Revolução Americana desafiou o sistema colonial britânico e estabeleceu os Estados Unidos como uma república democrática. A busca por direitos individuais e representação popular na tomada de decisões políticas ajudou a inspirar outros movimentos revolucionários ao redor do mundo, incluindo a Inconfidência Mineira no Brasil.

A influência da Revolução Americana se estendeu além das ideias políticas. O movimento também desencadeou mudanças econômicas e sociais. A Revolução Industrial ganhou impulso nos Estados Unidos, impulsionando a urbanização, o crescimento da indústria e a expansão dos mercados. Essas transformações econômicas trouxeram consigo questões sociais, como a mobilidade social e a distribuição de riqueza, que também ecoaram em outros lugares, incluindo o Brasil.

ECOS DA REVOLUÇÃO AMERICANA NO BRASIL

Na sociedade colonial brasileira, a presença da escravidão era uma realidade predominante. A Revolução Americana levantou questionamentos sobre a legitimidade da escravidão e se tornou uma referência para os abolicionistas no Brasil. Embora a abolição da escravidão no Brasil tenha ocorrido apenas em 1888, a luta pela liberdade nos Estados Unidos influenciou o debate sobre a escravidão e contribuiu para a conscientização sobre os direitos humanos e a igualdade racial.

Embora não haja uma conexão direta entre a Revolução Americana e a Inconfidência Mineira, a influência das ideias, princípios e transformações desencadeadas pela Revolução Americana reverberaram em todo o mundo, incluindo o Brasil.

O movimento intelectual e o intercâmbio de ideias eram moldados pelas publicações, como livros e periódicos, que circulavam entre os intelectuais e as elites letradas, e até por correspondências entre intelectuais brasileiros e americanos. Essas publicações e correspondências frequentemente abordavam tópicos relacionados à filosofia política, aos direitos do homem e às questões de governança.

A busca pela independência, a redefinição do sistema político e as mudanças sociais e econômicas desencadeadas pela Revolução Americana ecoaram nas aspirações de liberdade e autonomia política dos brasileiros envolvidos na Inconfidência Mineira e em movimentos posteriores.

PRINCIPAIS LÍDERES DA REVOLUÇÃO AMERICANA

A Revolução Americana foi um movimento que envolveu diversos indivíduos notáveis, cujas ações e ideias tiveram um papel fundamental na busca pela independência das colônias americanas. Entre eles, é fundamental lembrar destes:

  1. George Washington: Considerado o líder militar mais proeminente durante a Revolução Americana, Washington comandou as tropas coloniais como general do Exército Continental. Ele desempenhou um papel crucial na condução da luta contra as forças britânicas e se tornou o primeiro presidente dos Estados Unidos.
  2. Thomas Jefferson: Conhecido por ser o principal redator da Declaração de Independência, que proclamou os princípios de liberdade e igualdade como fundamentos da nova nação americana. Posteriormente ele seria o terceiro presidente dos EUA.
  3. Benjamin Franklin: Franklin foi um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos e desempenhou um papel vital na obtenção do apoio francês durante a Revolução Americana. Ele também participou na redação da Constituição dos Estados Unidos.
  4. John Adams: Adams foi um dos principais líderes políticos da Revolução Americana. Ele serviu como o segundo presidente dos Estados Unidos e desempenhou um papel importante na diplomacia durante o conflito com a Grã-Bretanha.
  5. Alexander Hamilton: Hamilton foi um dos principais defensores da Constituição dos Estados Unidos e desempenhou um papel fundamental na criação de um sistema financeiro nacional. Ele também fundou o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos.
  6. John Hancock: Hancock foi um líder político e empresarial que desempenhou um papel significativo no movimento de independência. Ele foi o primeiro a assinar a Declaração de Independência, e sua assinatura se tornou sinônimo de uma assinatura ousada.
  7. Thomas Paine: Paine era um escritor e ativista político cujos panfletos, como “Senso Comum” e “A Crise”, inflamaram o sentimento revolucionário e instigaram o apoio à independência.

POLARIZAÇÃO NA REVOLUÇÃO AMERICANA

Nem todos os colonos das américas apoiavam a revolução, houve também os que se colocaram a favor da coroa britânica. Essas pessoas ficaram conhecidas como “lealistas” ou “tories”. Suas razões para apoiar a Inglaterra variavam e incluíam fatores políticos, econômicos, sociais e até mesmo lealdade pessoal.

Entre os lealistas, havia grupos distintos, como os funcionários coloniais, comerciantes, anglicanos, membros das classes mais altas e pessoas que tinham ligações comerciais ou familiares estreitas com a Grã-Bretanha. Muitos lealistas acreditavam que a independência seria prejudicial aos seus interesses econômicos e sociais, temendo instabilidade e perda de privilégios sob um novo governo.

Além disso, as divisões políticas entre colonos eram complexas. Alguns colonos simplesmente não concordavam com a ideia de se rebelar contra a autoridade britânica, argumentando que as disputas poderiam ser resolvidas por meio de negociações pacíficas. Outros acreditavam que o governo britânico tinha o direito legítimo de governar as colônias.

Os lealistas enfrentaram hostilidade e perseguição por parte dos patriotas revolucionários. Muitos foram considerados traidores e enfrentaram confisco de propriedades, prisões e até mesmo violência física. Após a vitória dos Estados Unidos, muitos lealistas fugiram do país, buscando refúgio na Grã-Bretanha, Canadá e outras colônias britânicas.

Embora os lealistas tenham sido uma minoria em comparação com os patriotas revolucionários, sua presença e oposição à independência americana são um exemplo da complexidade e diversidade de perspectivas existentes durante a Revolução Americana.

A REVOLUÇÃO MOSTRADA PELOS FILMES

A Revolução Americana foi retratada em diversas produções cinematográficas ao longo do século XX. Filmes foram criados para trazer à vida os eventos e os personagens-chave desse período histórico significativo. Aqui estão algumas das representações mais notáveis:

  1. “1776” (1972): Baseado no musical da Broadway, o filme retrata os debates intensos e as discussões que ocorreram durante a redação da Declaração de Independência. Ele enfoca os esforços de figuras históricas como John Adams, Thomas Jefferson e Benjamin Franklin.
  2. “The Patriot” (2000): Estrelado por Mel Gibson, o filme segue a jornada de um veterano da Guerra Franco-Indígena que se torna um líder militar durante a Revolução Americana. Embora fictício, o filme incorpora eventos históricos, como a Batalha de Camden e o Massacre de Waxhaws.
  3. “John Adams” (minissérie de 2008): Embora não seja um filme, essa minissérie de TV da HBO merece destaque. Ela segue a vida de John Adams, um dos Pais Fundadores dos Estados Unidos, desde seu envolvimento na Revolução Americana até sua presidência. A série recebeu elogios pela precisão histórica e pela interpretação brilhante de personagens-chave.
  4. “The Crossing” (2000): Este filme para a televisão narra a história da ousada travessia do Rio Delaware por George Washington e suas tropas durante a Batalha de Trenton, em 1776. O filme destaca a determinação e o espírito de liderança de Washington.
  5. “Johnny Tremain” (1957): Baseado no romance homônimo de Esther Forbes, o filme segue a vida de um jovem aprendiz de ourives em Boston durante os eventos que levaram à Revolução Americana. Ele retrata a perspectiva dos jovens colonos e sua luta pela liberdade.

Referências:

ARRUDA, José Jobson.; Piletti, Nelson (1996) Toda a história: História geral e história do Brasil – 13° ed. – ed. Ática

MIDDLETON, Richard. Guerra da Independência dos Estados Unidos da América 1775-1783 – 1ª ed. Ed. Madras

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