É importante olhar pra criança e ver o que ela já sabe fazer, enxergar o seu potencial, e não aquilo que ela não sabe fazer. Isso aprendi com Vygotsky.
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Explorando o Potencial
As vezes me surpreendo ao perceber que muitos autores de pedagogia são desconhecidos do público em geral. E por não conhece-los perdem ensinamentos valiosos que poderiam estar sendo usados com seus filhos.
Como apaixonado por pedagogia, achei interessante compartilhar algumas coisas que aprendi lendo profissionais da educação, e como uso isso em casa com meus dois meninos.
Vou começar pelo Vygotsky, esse moço russo de nome complicado. Ele é muito conhecido de quem é professor, e pouco do público em geral.
Sua teoria é baseada em casos da vida real que ele observou na Rússia pouco depois da Revolução, no começo do século XX. No Brasil ele tem sido muito falado nas últimas décadas, e inspirado políticas de educação inclusiva.
O foco de Vygotsky é o potencial da criança. Ele busca sempre o que ela já sabe fazer, e não o que ainda não sabe. Uma vez observado seu desenvolvimento real, ele sugere buscar o seu potencial a partir dali.
O que é lindo em sua teoria é esse olhar pra criança, buscar sua potência, seus próprios interesses. Olhar o copo cheio, ver de que ele está cheio, e pensar como fazer pra ele encher mais.
Mas não é só isso. Ele também acreditava na interação social como instrumento de aprendizagem. Isso porque pra ele a aprendizagem se dá pela comunicação, pela linguagem.
A criança se desenvolve em contato com outras crianças mais desenvolvidas. Ao interagir ela é potencializada. Eu vejo muito isso com meus dois filhos. O pequenino é acelerado o tempo todo em seu desenvolvimento por causa da presença do mais velho.
Assim, quanto mais interação social, melhor. Quanto mais buscamos saber quais são os conhecimentos, as habilidades, que a criança já tem, mais chance de expandir este potencial. Nunca da nossa cabeça pra dela, mas sempre a partir dela. E daí pra frente uma troca saudável que a potencialize, e não que a reprima com excesso de conteúdo.
Dando um exemplo, um bebê que risca um livro com um lápis. Ele está dando seu melhor, e precisa ser aplaudido, incentivado, e não reprovado porque não sabe ainda pintar dentro dos espaços do desenho. É preciso olhar sempre o quanto o copo já está cheio.
Se você tem filhos, ou lida com crianças, guarde o Vygotsky no seu coração. Leia mais sobre ele. Potencialize sua criança, acredite nela, ouça ela, desafie, incentive, pra que ela seja tudo que pode ser.
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