Os filmes feitos na África, em particular no Senegal, ocupam uma posição única e culturalmente rica dentro do cenário cinematográfico global. Senegal tem sido um contribuinte significativo para o desenvolvimento do cinema africano, com diretores como Ousmane Sembène recebendo aclamação internacional por suas narrativas impactantes. Sembène, frequentemente chamado de “pai do cinema africano”, desempenhou um papel fundamental em trazer histórias africanas para o centro das atenções, abordando questões sociais e políticas que ressoam não apenas no continente, mas também além das fronteiras.
A indústria cinematográfica senegalesa reflete uma variedade de narrativas, mesclando contação de histórias tradicional com técnicas cinematográficas modernas. Tornou-se um meio poderoso para expressar as complexidades das identidades africanas, desafiando estereótipos e promovendo uma compreensão mais profunda da rica tapeçaria cultural do continente.
Mas não foi apenas Senegal que teve uma indústria cinematográfica de destaque no continente Africano. A Nigéria também tem emergido como um centro vital de produção cinematográfica, conhecido como Nollywood, que produz uma quantidade significativa de filmes anualmente. Essas produções abordam uma variedade de temas, desde questões sociais e culturais até histórias contemporâneas e tradicionais. Na África do Sul, o cinema tem sido uma poderosa ferramenta para explorar as complexidades pós-apartheid, proporcionando uma reflexão crítica sobre a história e a sociedade sul-africana. Gana também tem desempenhado um papel crucial na cena cinematográfica africana, destacando-se pela produção de filmes que celebram a herança cultural e enfrentam desafios contemporâneos. Esses países, entre outros, contribuem para a diversidade e a riqueza do cinema africano, proporcionando uma variedade de perspectivas e histórias que ampliam a compreensão global do continente.
Pra quem já conhece, ou pra quem está conhecendo agora, montamos uma lista de 10 filmes feitos na África:
Lista de Filmes
- “Difret” (Etiópia, 2014) – Um filme etíope que trata de questões legais e sociais em relação ao casamento infantil.
- “Timbuktu” (Mauritânia, 2014) – Um drama que aborda a ocupação jihadista em Timbuktu e seus impactos na população local.
- “Um Homem que Grita” (Chade, 2010) – Dirigido por Mahamat-Saleh Haroun, o filme explora as consequências da guerra civil no Chade.
- “Touki Bouki” (Senegal, 1973): Dirigido por Djibril Diop Mambéty, é a história de um casal, Mory e Anta, que sonham em deixar Dakar e ir para Paris em busca de uma vida melhor. O filme aborda questões de identidade, desejo de mudança e a influência do colonialismo.
- “Viva Riva!” (República Democrática do Congo, 2010) – Um thriller congolês que se passa nas ruas de Kinshasa, explorando a vida perigosa e glamorosa do crime organizado.
- “Xala” (Senegal, 1975) – Dirigido por Ousmane Sembène, é uma sátira social que aborda a corrupção e o neocolonialismo no Senegal pós-independência.
- “Atlântico” (Senegal, 2019) – Um drama sobrenatural que explora questões sociais e econômicas no Senegal contemporâneo.
- “Félicité” (Senegal, 2017) – Um filme que segue a vida de uma cantora de boate em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo.
- “Black and White in Color” (Costa do Marfim, 1976) – Uma comédia satírica sobre a Primeira Guerra Mundial, dirigida por Jean-Jacques Annaud.
- “La Noire de…” (Senegal, 1966): Dirigido por Ousmane Sembène, muitas vezes chamado de “pai do cinema africano”, este é um filme pioneiro no cinema africano. “La Noire de…” (também conhecido como “Black Girl”) aborda questões de colonialismo e explora a experiência de uma jovem senegalesa que vai trabalhar como empregada doméstica na França, apenas para enfrentar discriminação e isolamento. O filme é reconhecido por sua narrativa poderosa e impactante crítica social.
Esses filmes oferecem uma variedade de perspectivas e experiências culturais da África e da diáspora africana.
