Um Homem que Grita – Adam, um ex-campeão de natação, vê seu país mergulhado em uma guerra civil, e luta para se adaptar à nova realidade.
Ficha Técnica
“Um Homem que Grita” (Chade, 2010)
Nome Original do Filme: Un homme qui crie
Nome no Brasil: Um Homem que Grita
Direção
Mahamat-Saleh Haroun
Elenco
Youssouf Djaoro, Dioucounda Koma, Emile Abossolo M’bo, Hadje Fatime N’goua, Marius Yelolo
Prêmios Recebidos
Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2010; Prêmio Especial do Júri no Festival de Cinema de Sundance em 2010.
Resumo
“Um Homem que Grita” é um drama que se passa no Chade e segue a história de Adam, um ex-campeão de natação que, diante da crise econômica, é forçado a abandonar seu trabalho como salva-vidas em uma piscina.
Quando o governo exige que os cidadãos contribuam financeiramente para a guerra contra rebeldes, Adam luta para manter sua dignidade e enfrenta as consequências emocionais e sociais de suas decisões. O filme aborda temas como sacrifício, identidade nacional e as complexidades da vida durante períodos de instabilidade política.
Análise de “Um Homem que Grita”
“Um Homem que Grita” é um filme do Chade dirigido por Mahamat-Saleh Haroun, lançado em 2010. Este filme, cujo título original é “Un homme qui crie“, é uma obra cinematográfica aclamada que aborda questões profundas sobre a identidade, a família e as mudanças sociais em um contexto africano.
A história se desenrola em N’Djamena, a capital do Chade, e segue a vida de Adam, um ex-campeão de natação que agora trabalha como salva-vidas em uma piscina. Com o país mergulhado em uma guerra civil, o governo requisita a piscina para transformá-la em um restaurante. Adam é demitido de seu emprego e confrontado com a necessidade de aceitar a realidade das mudanças que ocorrem ao seu redor.
A Guerra Civil no Chade
A guerra civil no Chade foi um conflito que ocorreu entre 2005 e 2010, envolvendo o governo central e diversas facções rebeldes. A guerra foi motivada por disputas de poder, tensões étnicas e o controle dos recursos naturais, principalmente o petróleo.
O governo do presidente Idriss Déby enfrentou rebeliões contínuas, apoiadas por países vizinhos como o Sudão, o que agravou a situação. A guerra resultou em milhares de mortes, deslocamento de populações e uma profunda crise humanitária, deixando o país em uma situação de extrema instabilidade e fragilidade política.
O filme “Um Homem que Grita” (2010), dirigido por Mahamat-Saleh Haroun, reflete essa turbulência ao abordar a vida de um ex-campeão de natação que enfrenta o impacto do conflito em sua família e comunidade. A obra destaca as dificuldades de indivíduos comuns em meio a um cenário de violência e desintegração social.
O filme
O filme explora temas como perda, dignidade e resistência em meio a conflitos sociais e políticos. A relação de Adam com seu filho e sua luta para manter uma sensação de dignidade pessoal são elementos centrais da narrativa. A piscina, que antes era um local de lazer e escape, torna-se uma metáfora para as mudanças dramáticas na vida de Adam e na sociedade chadiana como um todo.
A direção de Mahamat-Saleh Haroun é elogiada pela maneira como captura a profundidade emocional dos personagens e pela representação autêntica da vida no Chade. O filme foi bem recebido em festivais internacionais, ganhando o Prêmio do Júri no Festival de Cannes em 2010, proporcionando ao cinema chadiano uma visibilidade global significativa.
“Um Homem que Grita” é notável por sua capacidade de transmitir uma história pessoal que ressoa universalmente, tocando temas que transcendem as fronteiras culturais. Ao mergulhar na experiência de um homem diante das mudanças em seu país, o filme oferece uma perspectiva íntima e comovente sobre os desafios individuais e coletivos enfrentados em contextos de conflito.
Considerações Finais
“Um Homem que Grita” é uma obra cinematográfica cativante que não apenas oferece uma janela para a vida no Chade, mas também aborda questões humanas universais, tornando-se uma contribuição valiosa para o cenário do cinema africano contemporâneo. Assim como outros filmes africanos produzidos nos últimos anos, ele marca a trajetória de um cinema que tem se destacado no mercado cinematográfico, gerando interesse crescente por Nollywood e suas produções.
Veja mais filmes históricos.
Você pode gostar também
Compartilhe e Siga-nos nas Redes Sociais