MST faz ato ecumênico em local de massacre que completa 28 anos. Chacina em Eldorado dos Carajás vitimou 21 trabalhadores sem terra
O MST, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, mantém viva a memória do trágico dia 17 de abril de 1996, quando 21 trabalhadores rurais foram brutalmente assassinados na chamada Curva do S, em Eldorado dos Carajás, no Pará. Nesse local, onde ocorreu o massacre, agora é um memorial, um símbolo de resistência para o movimento.
O MST convoca atividades para marcar os 28 anos desse triste evento. Haverá discursos, música, poesia e outras atividades culturais entre as castanheiras que cercam o local do memorial. Esse ato faz parte da jornada de luta chamada de Abril Vermelho.
Durante este mês, o MST realizou mais de 30 ações em 14 estados do Brasil, mobilizando mais de 20 mil famílias sem terra. Isso incluiu ocupações em 24 áreas em 11 estados. O movimento ressalta que existem cerca de 105 mil famílias acampadas em beiras de estradas em todo o país, aguardando terras para cultivar.
O MST destaca a importância da reforma agrária para garantir alimentos saudáveis e erradicar a fome no país. Porém, aponta que o orçamento para essa causa é o menor dos últimos 20 anos. Recentemente, o governo federal anunciou o programa Terra da Gente, que busca incluir 295 mil novas famílias no programa nacional de reforma agrária até 2026.
Além das formas tradicionais, como desapropriação de terras improdutivas, o programa permite a transferência de terras de grandes devedores da União e negociações com bancos e empresas públicas para adquirir terras. Apesar disso, o orçamento destinado à desapropriação ainda é menor do que em gestões anteriores.
Fonte: Agência Brasil
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