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QUEM FOI HENRY JONES SR, O PAI DE INDIANA JONES?

Você conhece tudo sobre Henry Jones Sr, o pai de Indiana Jones? Se a resposta for sim, cuidado. Um bom arqueólogo sempre precisa cavar um pouco mais fundo pra achar os fatos.

O Personagem

O filme A Última Cruzada nos apresentou um dos personagens mais queridos da série Indiana Jones, o pai dele. Este estudioso sério que não gosta de como o filho gasta suas horas em aventuras em vez de se dedicar à carreira acadêmica, mas que ao mesmo tempo se provou um excelente aliado nas horas de perigo.

Ele é um dos poucos personagens dos filmes que retornam em várias outras mídias. Também é mencionado no quarto filme, que tinha um lugar especial para ele se o nosso querido Sean Connery tivesse aceitado retornar ao papel.

A série Indiana Jones Chronicles

Henry também foi presença constante na primeira parte da série de TV “The Young Indiana Jones Chronicles” (As Aventuras do Jovem Indiana Jones), interpretado pelo ator Lloyd Owen em sua versão mais jovem.

Mas foi através de jogos, quadrinhos e outras mídias que conseguimos mais informações sobre suas atividades, não mencionados nos filmes ou na série. E como nem só de fontes canônicas vive o fã, mas de tudo que possa dar asas à imaginação, vamos à biografia não autorizada de Henry Walton Jones.

QUEM FOI HENRY JONES SR, O PAI DE INDIANA JONES?

Henry Jones Sr. é um renomado estudioso da Grã-Bretanha e é especializado em Grail Studies (Estudos do Graal). Ele tem um papel significativo na formação do caráter e das habilidades de Indiana Jones, transmitindo-lhe seu conhecimento e paixão pela arqueologia.

Mas a carreira do Doutor Henry Walton Jones vai além de ser pai de um arqueólogo aventureiro.

Nascido na Escócia em 1872, Henry Walton Jones teve uma infância cercada de amizades e aventuras, incluindo escapadas de casa para nadar no lago com seu amigo Jack Williams. Educado em Oxford, ele desenvolveu laços com figuras influentes como Marcus Brody, Richard Medlicot e Eric Scythe, além de receber orientação de mentores como Helen Margaret Seymour e Nigel Wolcott. Após graduar-se em 1893, Henry casou-se com a americana Anna em 1898, um relacionamento que moldaria seu futuro.

O DIÁRIO DO GRAAL DE HENRY JONES SR

Segundo conta o Diário do Graal, escrito pelo professor Jones, foi em New Haven, Connecticut, em 2 de abril, que ele teve uma visão em que sua taça de vinho se transformou no Santo Graal e uma voz o instruiu a buscar o tesouro (o diário foi publicado como parte do pacote que acompanhou o jogo Indiana Jones and the Last Crusade: The Graphic Adventure em 1989). Convencido de sua missão, ele começou a escrever este diário e dedicou sua vida à busca pelo cálice sagrado, mesmo sem pistas claras sobre seu paradeiro. Neste diário ele reuniu todas as informações importantes que encontrou sobre o paradeiro do Graal, bem como instruções de como superar os desafiosque teria ao encontrá-lo.

No ano seguinte, Jones e sua esposa Anna se mudaram para Princeton, onde seu filho Henry Walton Jones Jr., conhecido como Indiana, nasceu em 1º de julho. Jones se tornou professor de literatura medieval na Universidade de Princeton e, apesar do constrangimento inicial de seus colegas, ele continuou sua pesquisa sobre o Graal e, eventualmente, recebeu notícias promissoras sobre um texto que tratava o Graal como um artefato histórico genuíno. Lembrando que a busca do Graal não é considerada válida pela ciência histórica, pois é entendida como uma lenda ou meramente uma peça literária.

Durante uma viagem à França, Jones descobriu o testamento de um monge franciscano que indicava o último local de descanso conhecido do Graal. Neste texto havia um trecho que falava em “sentir o sopro de Deus e viver, pisar a palavra de Deus e ser salvo, ou caminhar pelo caminho de Deus e não cair no abismo”. Ele anotou com cuidado estas palavras em seu diário, sentindo que aquilo era importante.

Em Klasenheim, Áustria-Hungria, ele encontrou indícios de um cavaleiro da primeira cruzada que supostamente encontrou o Graal em um cânion no fundo de uma cordilheira. Embora tenha questionado a lógica da história, Jones interpretou isso como uma confirmação espiritual da existência do Graal. Ele continuou sua busca, mas não registrou mais informações em seu diário do Graal por seis anos.

VIAGENS DA FAMÍLIA JONES

Em 1908, Henry Jones, sua esposa Anna e seu filho Junior embarcaram em uma turnê mundial de palestras sobre o código de cavalaria medieval e o Santo Graal. A turnê começou na Inglaterra, passou por lugares como o Egito, a África Oriental Britânica, por Paris, Florença, Rússia e Grécia. Nesta época Indy e seu pai já tinham problemas de relacionamento, mas também possuiam uma admiração mútua. Em Atenas eles tiveram uma pequena aventura juntos, visitaram locais históricos, discutiram filosofia e lógica aristotélica, e se divertiram. Eram bons tempos ainda.

Após a morte prematura de sua esposa, Anna, o distanciamento entre pai e filho voltou a crescer. Henry aprofundou sua pesquisa pelo Santo Graal, tornando-se distante do filho. Eles se mudaram para Moab, Utah, onde o dr. Jones começou a trabalhar na Four Corners University. Durante esse período, Henry recebeu a visita de seu amigo G. Codirolli, que emprestou a ele um pergaminho antigo com símbolos e um vitral.

ANOS DE SOLIDÃO

Com 16 anos seu filho saiu de casa, e seu pai ficou sabendo por carta que ele tinha se alistado no exército belga. Eram anos de guerra na Europa, e ele se preocupava com o destino do filho. Com o fim da guerra Indy voltou para casa, três anos depois de ter saído. Mas a solidão e os estudos tinham transformado Henry numa pessoa um tanto fria, e isso fez com que os laços entre pai e filho se perdessem mais uma vez. Os dois passaram vinte anos sem se encontrarem novamente.

Após o fim da Grande Guerra, Henry estava livre para retomar suas atividades na Europa. Embora considerado obcecado pela comunidade acadêmica em sua busca pelo Graal, sua bolsa de estudos legítima em Oxford lhe concedeu reconhecimento. Em 1920, ele partiu para a Europa e, em Londres, recebeu ajuda de Marcus Brody para pesquisar as coleções arturianas do Museu Britânico e da Biblioteca Bodleiana.

Depois de ler as obras da abadessa Hildegarda de Bingen, Henry foi autorizado a ver o manuscrito de Abergavenney. Em seguida, ele viajou para o País de Gales, onde ouviu uma lenda local sobre Taliesin, seguida por uma estadia na Suíça, onde encontrou um volume de Santa Hildegarda que descrevia o Graal.

Sua jornada também o levou a Bolonha, Bingen e aos Bálcãs, Turquia e Oriente Médio. Em 1927, ao ouvir sobre a descoberta do Evangelho de José de Arimatéia, ele viu uma possível conexão com a cripta de Codirolli. Em 1932, recebeu informações sobre O Livro dos Feitiços de Merlin encontrado em Dubrovnik. Enquanto isso, ele acompanhava as aventuras de seu filho, Indiana Jones, e expressava preocupações com a situação política na Europa.

No final de 1937, Henry Jones foi contratado por Walter Donovan para recuperar o Santo Graal. Ele recebeu informações sobre os marcadores do Graal e a localização do túmulo do cavaleiro em Veneza. Donovan pediu a Henry que liderasse a equipe de pesquisa, e eles viajaram para Veneza junto com a Dra. Schneider. Henry descobriu, contudo, que Schneider era uma espiã nazista, e Donovan era seu cúmplice. Sentindo-se em perigo, enviou o diário para seu filho a fim de mantê-lo seguro. Se ele morresse, o Graal estaria a salvo. Ele acertou ao faze-lo, pois logo foi capturado pelos nazistas e levado para o Castelo Brunwald.

REENCONTRO

Nos Estados Unidos, Donovan enganou Indy, e o convenceu a seguir as pistas do Graal para encontrar seu pai, que segundo ele estava desaparecido. Sem hesitar, Indy iniciou suas investigações, chegando até o lugar onde o pai era mantido prisioneiro, e resgatando-o. Com os inimigos revelados, eles fugiram da Europa, encontrando Sallah e Marcus Brody.

A iminência da morte ajuda Henry a se reconciliar com seu filho, e os dois percebem a importância que tinham um para o outro. Juntos, seguindo as pistas encontradas, se dirigem ao local onde estaria o Graal para impedir os nazistas de pega-lo. Mas Donovan atira em Henry, e obriga Indy a enfrentar os desafios mortais para pegar o Graal. Indy consegue, graças às anotações que Henry passou a vida coletando em seu diário, e é curado pelo cálice. Um terremoto então se inicia, e o cálice cai num abismo. Indy tenta pega-lo, mas Henry diz a ele para deixar o Graal lá, e eles escapam do templo juntos.

Depois disso Henry Sr. acompanhou Indiana em outras aventuras durante a Segunda Guerra Mundial, antes de falecer em 1951, deixando uma esperança de que seu filho encontrasse um caminho mais tranquilo.

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